Padrões de endemismo
Padrões de endemismos e a conservação da biodiversidade
CLAUDIO JOSÉ BARROS DE CARVALHO
Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. e-mail: cjbcarva@ufpr.br
Resumo
A diversidade biológica na Terra não está distribuída uniformemente e esta distribuição não ocorre ao acaso. Existem áreas que possuem maior endemismo do que outras, que são entendidas como um setor geográfico definido e delimitado a partir da combinação de áreas de distribuição de táxons exclusivos, i.e., espécie ou grupos de espécies relacionados com ocorrência única nesta região particular. A conservação das espécies se baseia fortemente no conceito de endemismo e também no número de espécies existentes. Estes enfoques são melhor visualizados através de métodos biogeográficos que têm o objetivo de entender criticamente os padrões da distribuição espacial dos organismos e responder como esses padrões foram formados. Neste trabalho são discutidos métodos pan-biogeográficos, que têm sido utilizados com o objetivo de indicação de áreas para conservação. Esses métodos são fundamentalmente históricos e possuem características não encontradas em outros métodos utilizados para delimitação de áreas para conservação: metodologia robusta, objetiva, empiricamente testável, relativamente rápida, de baixo custo e baseada em informação taxonômica disponível. Análise de traços e análise parcimoniosa de endemismos (PAE) são os principais métodos utilizados. O primeiro parte da construção de traços (individuais e generalizados) e descoberta dos nós biogeográficos, e o segundo delimita as áreas baseado em quadrículas ou quadrantes. Desta forma, não é necessário assumir áreas previamente estabelecidas,
i.e., ecorregiões, como unidade de análise. As áreas encontradas por esses métodos foram comparadas com as unidades de conservação da região sul do Brasil e do Cerrado. Porém,
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