Resenha Silva Et Al 2005
José Maria Cardoso da Silva é Graduado em em Ciências Biológicas, possui mestrado em Ecologia, doutorado em Biologia pela University of Copenhagen, Dinamarca, e estudos pós-doutorais no Museu Paraense Emílio Goeldi. Foi Professor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é atualmente professor orientador do programa de pós-graduação na Universidade Federal do Amapá (Biodiversidade Tropical). Desenvolve pesquisas interdisciplinares na área de ecologia e evolução de vertebrados sul-americanos e também na interface entre conservação da biodiversidade, políticas públicas e desenvolvimento. O presente trabalho tem como foco a Amazônia e suas bioriquezas. É a maior e mais diversa floresta tropical do mundo, e abriga aproximadamente 40.000 espécies de plantas, 427 de mamíferos, 1.294 de aves, 378 de répteis, 427 de anfíbios e cerca de 3.000 espécies de peixes. Por essa variedade de comunidades de plantas e animais, é considerada um arquipélago de distintas áreas de endemismo separadas por seus principais rios. Estudos biogeográficos de vertebrados terrestres identificaram oito dessas áreas na Amazônia, e segundo os autores, essas áreas de endemismo deveriam ser consideradas como a unidade geográfica básica para o planejamento e desenvolvimento de corredores de biodiversidade formados por áreas protegidas contíguas, promovendo ampla conectividade tanto no interior como nas bordas. O ideal, para os autores, seria criar um sistema de conservação amplo o bastante para amenizar mudanças globais, acomodar uma melhoria nos padrões de vida das populações locais, conservar a biodiversidade e garantir os serviços ecológicos que as florestas e rios fornecem. A Amazônia brasileira está em um novo momento de conservação. O governo federal está trabalhando na implementação do programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia) que busca proteger