Padrão de produção e consumo
Em um cenário de crescimento econômico e ascensão de mais da metade dos cidadãos brasileiros à classe média, o Brasil se depara com a oportunidade histórica de delinear um novo padrão de desenvolvimento. Os padrões de consumo observados nos países de primeira industrialização mostraram-se predatórios e insustentáveis, avançando sobre os recursos naturais em seu território e fora dele. O estímulo ao consumo excessivo e a pouca preocupação em ofertar tecnologias e produtos menos nocivos ao meio ambiente agravaram problemas globais, como as mudanças climáticas, a poluição dos oceanos e a geração de lixo.
Observamos no Brasil um olhar diferenciado do setor produtivo e do Governo em buscar soluções social e ambientalmente responsáveis para nosso crescimento. A Economia Verde é vista como oportunidade cada vez mais abraçada no País. Observamos também uma forte adesão da sociedade à práticas mais conscientes de consumo, com cidadãos ansiosos para fazer parte da mudança. O Brasil, país megasociobiodiverso, é o palco principal da nova economia mundial, tornando-se modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
O sistema industrial, atualmente, tem oferecido uma abundância de bens de consumo, e essa atividade é o um dos maiores símbolos do sucesso das economias capitalistas. A consciência por parte dos consumidores em escolher produtos que respeitaram o meio ambiente em seu processo de produção e distribuição tem se ampliado, consequentemente, gerando nas empresas, seja por puro marketing ambiental de imagem corporativa ou por real consciência sócio-ambiental das mesmas, um intenso trabalho de adaptações e gestão ambiental na produção dos bens de consumo visando mitigar os impactos de produção no meio ambiente.
Em meados do século XX, com o avanço do ambientalismo, surgiram posturas favoráveis aos eventos ecológicos em defesas dos ecossistemas que sofriam profundas perdas em virtude dos hábitos ostensivos de produção e consumo. O