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De nossos pressupostos também se segue que a quantidade de trabalho é determinada pelas circunstâncias dadas. Aqui agregamos a consideração de uma questão que ficou anteriormente em aberto, a saber, a amplitude da oferta de trabalho existente em qualquer momento.
Obviamente não se determina rigorosamente desde o princípio quanto um dado número de homens trabalha. Se supomos, por enquanto, que são conhecidas as melhores possibilidades de emprego do trabalho de todos os indivíduos, que, portanto, há uma escala rigorosamente determinada de tais empregos, então, em qualquer ponto dessa escala, a utilidade esperada de todo emprego concreto de trabalho é comparada com a desutilidade que acompanha o emprego. Milhares de expressões da vida cotidiana nos lembram que o trabalho para obtenção do pão nosso de cada dia é um fardo pesado, só suportável porque necessário, e dele nos livramos quando podemos. Daí torna-se inequivocamente evidente o montante de trabalho que um trabalhador realizará. Ao início de cada dia de trabalho, naturalmente tal comparação é sempre favorável ao trabalho a ser empreendido. Todavia, à medida que se progride na satisfação das necessidades, mais declina o impulso para o trabalho e ao mesmo tempo mais cresce a quantidade com que é comparado, a saber, a desutilidade do trabalho; de modo que a comparação torna-se continuamente mais desfavorável à continuação do trabalho, até que para cada trabalhador chega o momento