Consumo, produção e sustentabilidade
Introdução
O capitalismo é considerado por muitos como um sistema socioeconômico moderno, com maior nível de desenvolvimento dentre todos os modos de produção já existentes, tal como o modo de produção escravagista, que predominou durante a idade antiga, e o modo de produção feudal, dominante em toda idade média. Essa sensação de modernidade e desenvolvimento resulta da eficiência do capitalismo em prover a sociedade de bens e serviços que vão se evoluindo tecnologicamente a cada dia. Não tem como negar que o modo de produção capitalista como nenhum outro consegue alocar os recursos produtivos de forma mais eficiente do que os modos de produção anteriores, porém, não se pode negar também que o capitalismo nasce a partir das contradições existentes no modelo feudal, e tal como destaca Karl Marx, o capitalismo é resultado das somas das forças produtivas anteriores. O desenvolvimento deste sistema presume crescimento econômico, e este é perseguido por todas as nações, tendo em vista, que o crescimento econômico é tido como requisito básico para o desenvolvimento. O crescimento econômico nada mais é que o aumento da produção material em dado período de tempo, em suma, seria o Produto Interno Bruto de uma nação. Para se obter este crescimento, entretanto, os conjuntos de empresas procuram estimular o consumo. Afinal, este é necessário para o aumento da atividade econômica. Olhando por este ponto de vista parece ser natural que se estimule o consumo, pois este gerará crescimento da produção material que por sua vez gerará emprego e renda para população como um todo, reiniciando o ciclo do consumo. Mas o que é necessário entender que é justamente nesta dicotomia, produção e consumo que reside a maior contradição do modelo vigente. Ora, produção econômica nada mais é do que a transformação da natureza pelo homem, é da natureza que se tira toda matéria prima necessária para produção de mercadorias. Acontece, que os