Pacientes traqueostomizados
A palavra traqueostomia tem origem grega e significa abertura da traquéia. O vocábulo traqueostomia define uma abertura na traquéia que mantém comunicação com o exterior, geralmente, por meio de uma cânula. A traqueostomia cervical aberta é um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos. Ilustrações sobre procedimento foram encontradas em papiros egípcios que remontam a 3500 a.C. Entretanto, o pouco conhecimento de anatomia e os maus resultados levavam a sua realização exclusivamente em pacientes graves. Somente em 1546 o médico italiano Antonio Musa Brasavola realizou com sucesso a primeira traqueostomia documentada em um paciente com “abscesso na garganta” que felizmente sobreviveu (MARSICO, 2010).
A traqueostomia consiste em uma intervenção cirúrgica que é realizada na região supra-hióidea, precisamente no 5º anel traqueal, para favorecer uma comunicação externa com o ambiente. Sua finalidade é de promover uma via aérea artificial, podendo ser realizada em situação de urgência ou planejada, de forma temporária ou permanente. (CARVALHEIRA, 2004).
As vantagens trazidas pela cirurgia são de facilitar a aspiração de secreções, favorecendo melhor conforto e mobilização dos pacientes, diminuindo o esforço respiratório e a resistência na via aérea, alimentação por via oral e o desmame da ventilação mecânica com mais facilidade (MARSICO, 2010). Esta cirurgia é um procedimento freqüentemente realizado em pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada. Nestes pacientes a traqueostomia apresenta diversas vantagens quando comparada ao tubo orotraqueal, como já citadas anteriormente. Para FRAGA (2008), esta intervenção é uma cirurgia com poucas contraindicações, dentre elas destaca-se a presença de carcinoma laríngeo ,em que a manipulação do tumor durante a traqueostomia pode levar a uma incidência aumentada de recorrência tumoral na região do estoma, optando-se então por uma cirurgia definitiva, como a laringectomia, desde que o