Outro paradigma da cultura: da diversidade da linguagem à diversidade da cultura corporal
A questão da genética ainda nos indica questões mais complexas que a própria ciência ainda não é capaz de definir, pois se todos os homens nasceram de uma mesma matriz genética, uma única espécie [homo sapiens], o que caracteriza as diferenças mínimas na composição dos DNAS?
Atualmente, estamos diante de outra tentativa de resposta. Trata-se do paradigma da linguagem. Ou seja, entramos no campo do imaginário, do simbólico. Os autores pioneiros deste estudo são Clifford Gueertz e Levi Strauss. Neste pensamento, o que determina a cultura é a sua linguagem.
A linguagem influencia uma cultura pelo modo como dá forma à percepção que se tem da realidade. A percepção está no campo dos signos e dos significados, ou seja, as estruturas do pensamento. Trata-se de uma relação dinâmica, pois a linguagem também é influenciada pelo ambiente, e cultura, em que se desenvolve.
Por exemplo, existe uma maior diversidade de línguas na Polinésia do que na Europa (menos pessoas a falar mais línguas). Por outro lado, em zonas extensas que partilham a mesma língua existe um maior número de dialetos (sendo que alguns são quase, se não mesmo, irreconhecíveis entre si). Por quê? No primeiro exemplo temos o fato das populações se encontrarem muito divididas por fatores geográficos - a Polinésia é constituída por uma