Osteoporose 1
Bases metabólicas
A principal base metabólica para o entendimento, tanto da osteoporose quanto de outras doenças ósseas metabólicas, é o conhecimento do metabolismo do Cálcio.
Em primeiro lugar devemos perceber que o cálcio metabolicamente ativo é o cálcio iônico (Ca2+). Este cátion é a verdadeira razão de uma série de vias metabólicas. O cálcio, em sua forma ionizada, participa de várias etapas metabólicas em toda a homeostasia humana.
O metabolismo do Cálcio tem como objetivo a manutenção de níveis séricos corretos de cálcio iônico. Assim, quando estes níveis caem, uma série de rotas metabólicas são ativadas com o fim de manter níveis de cálcio iônico adequados e diminuir os elementos que possam ‘capturar’ este cátion e transformá-lo em uma substância metabólica mais estável (fosfato de cálcio).
Os órgãos envolvidos nestes processos são os intestinos, os rins e os ossos. Evidentemente, não é possível entender estes processos sem visualizar os aspectos celulares e o espaço extra-celular.
Então, tudo começa com os níveis de cálcio iônico. Se os níveis caem, as glândulas paratireóides são estimuladas a produzirem paratormônio (PTH).
O PTH atua fundamentalmente em três momentos: aumenta a reabsorção óssea de cálcio, aumenta a reabsorção renal de cálcio e aumenta a hidroxilação da 25(OH) D3, o que leva ao aumento da absorção intestinal de Cálcio.
Uma vez os níveis de Ca voltarem ao normal, a produção de PTH cai.
A Vit. D atua como transportador de Ca pela membrana. Os cátions bivalente não passam facilmente pela membrana celular; por isso, eles necessitam de um carregador a semelhança da relação insulina/glicose.
A Vit. D, que em verdade é mais uma coenzima que uma vitamina, começa a ser produzida pela ativação da 7-dehidrocolecalciferol que está no subcutâneo transformando-o em colecalciferol. Esta ‘primeira’ Vit. D deve ser hidroxilada duas vezes para que sua ação plena seja alcançada. A primeira ocorre no fígado e teremos a 25(HO) D3. Esta forma menos