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Um ciclo profissional ou pessoal aberto é como um fantasma que nos assombra cada vez que temos uma dificuldade.
Por Luiz Carlos de Queirós Cabrera
Um dos conceitos mais importantes para que você possa fazer uma avaliação correta da sua carreira é o de ciclos. Em nossa vida profissional, estamos todos envolvidos com atividades, funções, projetos ou programas que são regidos por ciclos. Parece óbvio, mas um ciclo tem sempre um começo, um processo e um final. Cabe a nós identificar a fase em que nos encontramos e, cuidadosamente, concluir cada ciclo. Normalmente, estamos envolvidos em até três ciclos pessoais e profissionais. Não os deixe abertos, pois ficam na memória das pessoas como algo negativo a seu respeito. Costumo dizer que um ciclo aberto é um fantasma que nos assombra cada vez que temos uma dificuldade. Exemplos: um curso de inglês ou uma extensão que você começou e largou no meio, pois começou a sentir dificuldades para acompanhar o programa ou a turma; um instrumento musical que começou a aprender e parou sem nenhuma explicação ao seu professor; um colega que começou a ajudar numa tarefa e, sem mais nem menos, abandonou. Veja bem: encerrar um ciclo nem sempre é chegar ao final, mas é negociar a sua saída. Você pode ter parado o curso de inglês porque faltou dinheiro, mas você foi conversar com o professor e explicar as razões de sua saída?
Na empresa, muitas vezes você deixa ciclos abertos sem perceber ou sem dar o devido valor ao "fechamento". Nem mesmo uma promoção é desculpa para deixar um ciclo aberto. Feche. Negocie. Explique sua saída. Caso contrário, o que fica na memória curta das pessoas é a lembrança de terem sido abandonadas ou deixadas para traz. Lembre-se que um ciclo importante quando é fechado permite que você abra outro mais significativo. Por isso, quando você estiver em dúvida sobre a hora de lutar por uma promoção, pense nos ciclos em que está envolvido. Veja se eles estão fechados -- ou se fechando.