Decocção
Um radiofármaco é uma substância que, por sua forma farmacêutica, quantidade e qualidade de radiação, pode ser utilizada no diagnóstico e tratamento de seres vivos, qualquer que seja a via de administração utilizada. De forma mais simples, podemos dizer que radiofármacos são moléculas ligadas a elementos radioativos (radioisótopos ou radionuclídeos), constituindo dessa forma fármacos radioativos que são utilizados em uma especialidade médica denominada Medicina Nuclear. Os radiofármacos são utilizados em quantidades traços (traçadores radioativos) com a finalidade de diagnosticar patologias e disfunções do organismo. Em menor extensão, são aplicados na terapia de doenças, particularmente no tratamento de tumores radiosensíveis. Quando a finalidade é diagnosticar patologias, como por exemplo, o infarto do miocárdio ou uma disfunção renal, utiliza-se, na composição dos radiofármacos, radionuclídeos emissores de radiação gama. A radiação gama é uma onda eletromagnética e, portanto, apresenta grande penetrabilidade nos tecidos e baixo poder de ionização quando comparada às radiações particuladas, representadas pela emissão, pelo núcleo dos átomos radioativos, de partículas alfa (α) ou de négatrons (β–). O menor poder de ionização da radiação gama minimiza a dose de radiação absorvida pelo paciente.
Radionuclídeos emissores de radiação gama, tais como o tecnécio-99m, iodo-123, índio-111, galio-67 e o tálio- 201, entre outros, são utilizados na composição de radiofármacos para diagnóstico.
Produção de Radiofármacos
A produção de radiofármacos pelo IEN (Instituto de Engenharia Nuclear) reflete a preocupação do Instituto em atender às demandas da sociedade. Essa atividade teve origem com a aquisição, em 1974, do acelerador de partículas Cíclotron CV-28 de energia variável, o que deu início ao desenvolvimento de métodos de produção de radionuclídeos para diferentes aplicações e a produção experimental para uso médico. Em 1998, o Instituto começou a