Os Veículos da Mídia
Brunna Pena Gontijo
“Os Veículos da Mídia Como Sistemas Sociais”
Belo Horizonte 2012
Brunna Pena Gontijo
“Os Veículos da Mídia Como Sistemas Sociais”
Belo Horizonte 2012
Por volta da época da Primeira Guerra Mundial, o jornal disseminou-se relativamente devagar durante quase um século, atingindo o máximo de utilização per capita. O rádio cresceu rapidamente, logo depois estacionou. A televisão pelo contrário, pulou de 10 para 90% das casas em uma única década. Ainda que algum veículo totalmente novo viesse a ser inventado de repente e tivesse encontrado lugar em nossas casas, nosso sistema global de mídia sobreviveria de modo mais ou menos estável porque as funções a que ela atende continuariam de pé.
As comunicações de massa são acusadas de ser um fator que estimula crime, excessos sexuais, a piora da capacidade intelectual, e erosão generalizada dos padrões morais da sociedade. Parte do conteúdo de massa que é de “mau” gosto cultural ou contribui com gratificações para a audiência de massa, de maneira tal que de modo geral seja encarada como potencialmente capaz de rebaixá-la como o “relativamente persistente traço ou disposição” da mídia de massa que buscamos explicar.
O primeiro componente importante do sistema social de comunicação de massa é a audiência. Ela é estratificada, diferenciada e inter-relacionada. Segundo as muitas formas que os cientistas sociais há anos estudam. Organizações dedicadas à pesquisa proporcionam informações aos responsáveis pela escolha das categorias de conteúdo que serão distribuídos à audiência. O papel do componente distribuidor varia de um veículo para o outro. O jornal, teatro ou cinema e a estação de rádios locais desempenham a parte mais imediata na colocação de mensagens perante as respectivas audiências. O distribuidor proporciona divertimento, mas a audiência contribui com pouco em troca numa acepção direta. O patrocinador é quem consegue o dinheiro para quem