Os Sofistas e o Marketing Político
A palavra sofista do grego sophistes deriva das palavras sophia, e sophos, que significam "sabedoria" ou "sábio" desde os tempos de Homero e foi originalmente usada para descrever a experiência em um conhecimento ou ofício em particular . Aos poucos, porém, a palavra também veio a denotar sabedoria geral e especialmente sabedoria sobre os assuntos humanos (por exemplo, política, ética ou gestão doméstica).
Portadores de uma nova forma de compartilhar seu conhecimento, os Sofistas discordavam da filosofia aplicada pelos pré-socráticos, alegando que os ensinamentos desses eram coisas sem fundamento, repleta de falha e que nenhuma contribuição dava para a sociedade.
Vindos de toda a parte do mundo grego, os sofistas, dedicam-se a fazer conferências e a dar aulas, nas várias cidades-estados, sem se fixarem em nenhuma. Atenas é, todavia a cidade onde mais afluem, onde no século V a. C. adquirem um enorme prestígio. Aproveitam as ocasiões em que existem grandes aglomerações de cidadãos, para exibirem os seus dotes retóricos e saber, ensinando nomeadamente a arte da retórica. Na Formação Política, este ensino orientava-se para uma visão mais prática, procurando corresponder às exigências estritas da atividade política. Constava das seguintes disciplinas: Gramática, Dialética e Retórica. A arte da dialética transforma-se numa arte de manipulação de ideias, através da qual o orador procura defender uma dada posição, mesmo que a mesma seja a pior de todas. A retórica era a arte de persuadir, independentemente das razões adotadas, atribuem à linguagem uma importância fundamental, mas esta não passa de uma convenção. As palavras são com frequências destituídas do seu sentido corrente, e são usadas como instrumentos de sugestão e persuasão para convencerem os seus interlocutores. Recorrem à ambiguidade das palavras, exageram na aplicação dos três princípios lógicos, para numa cadeia de deduções e sentidos ambíguos, levarem os seus