Os sertões (adaptação) - questões e análise das obras
Enredo2
Os sertões, de Euclides da Cunha, mostra-nos um relato parcial sobre a Guerra de Canudos que opunha de um lado, soldados a serviço da recém-intituída república agindo brutal e cegamente em sua defesa, e de outro lado os sertanejos miseráveis, fanáticos e também cruéis na defesa de sua gente. O autor narra a estória baseado na teoria determinista que dominava os círculos intelectuais de seu tempo. O determinismo defende que todo fenômeno só ocorre a partir de determinadas causas, que os acontecimentos são conseqüência de uma série de elementos dependentes uns dos outros. Assim, o livro é dividido em 3 partes: é o meio (A Terra) que molda o homem (O homem – o sertanejo que Cunha tenta definir) e que determina sua ação (A Luta). O determinismo está presente também em vários trechos do livro.
I – A Terra
Na primeira e segunda partes há o predomínio da descrição, com muitas figuras de linguagem. O autor apresenta o planalto central com seus diferentes relevos: no sul litorâneo, as maiores altitudes; em Minas Gerais, as montanhas mais altas entram pelo interior e, caminhando para o norte, na Bahia, o aplainamento geral. Nesta região, está o sertão, com uma ondulação de montanhas baixas, limitado pelo rio São Francisco ao norte e ocidente e, ao sul, pelo rio Itapicuru. As secas são cíclicas e assolam a região, mas quando vem a tormenta, o sertão se transforma em paraíso: ressurge a flora, com seu verde, suas flores exuberantes à beira das cacimbas. Ressurge a fauna: catitus, queixadas, emas, seriemas, sericóias, suçuaranas...Nesse meio se forma o homem sertanejo.
A “paisagem torturada” do sertão produzirá um homem necessariamente resistente, capaz de enfrentar os piores desafios para assegurar sua sobrevivência. O sertanejo é o homem perfeitamente adaptado à natureza que o flagela, tão