Augusto Boal e O Teatro do Oprimido
Augusto Boal, Teatro do Oprimido e Oficina
Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro, cursou engenharia química, foi para Nova Iorque e lá conheceu técnicas teatrais inovadoras. Quando voltou dos Estados Unidos, em 1956, veio com o teatro incorporado a seu ser e acreditava que essa era uma das mais poderosas armas para o desenvolvimento humano, e reinventou o teatro brasileiro. Foi diretor de teatro, dramaturgo, diretor do Teatro de Arena, criador do teatro do oprimido, embaixador do teatro pela UNESCO. Boal queria transformar o mundo. Queria um mundo em que as pessoas pudessem se realizar em todo seu potencial. . “Tenho sincero respeito por aqueles artistas que dedicam suas vidas exclusivamente à sua arte – é seu direito ou contradição! – mas prefiro aqueles que dedicam sua arte à vida” (BOAL, 2009, p.30)
Mas só o teatro não bastou como arma para devolver a liberdade e a democracia pro povo brasileiro. Mesmo preso, torturado, exilado, continuou a fazer do teatro sua arena de luta em favor da libertação dos povos. No exílio, continuou a ser perseguido e torturado pela ditadura.
Boal queria mostrar seu teatro para o mundo. Um teatro já evoluído para conscientizar, capaz de despertar as pessoas a olharem além de si mesmas e a encarar a realidade de forma crítica e criativa.
Augusto Boal dizia que cada um de nós, por ser humano, é teatro. O teatro do Oprimido tenta desenvolver esse “teatro” que existe dentro de nós. Ele acreditava que o teatro poderia ajudar o nascimento de uma humanidade que só existirá com solidariedade e generosidade. “O povo oprimido se liberta. E outra vez conquista o teatro. É necessário derrubar muros.” (BOAL, 2009, p. 177)
“Nos anos de 1980, na França, Augusto Boal e Cecília Boal se deparam com opressões ligadas à subjetividade, sem relação com uma agressão física ou um impedimento concreto na vida cotidiana. Um arsenal de técnicas que analisam os opressores internalizados, o Arco-Íris do Desejo, foi