os seis elementos da ética
A palavra "ética" vem do grego, que ethos, que quer dizer caráter ou hábito, e também morada. Costuma-se tentar distinguir ética e moral, sendo a primeira entendida como algo ideal e filosófico e a segunda como prática real de um grupo, de uma sociedade. Porém, não distinguimos moral de ética tendo em vista que as duas expressões buscam captar algo que é complexo multifacetado: um todo que contém pelo menos as seguintes partes:
1. um conjunto de normas codificadas ou não sobre como devem se conduzir as pessoas e as instituições nas diversas situações que se apresentam na vida, servindo para distinguir o que é um bom e um mau comportamento e estabelecendo de algum modo o que seria um comportamento correto ou ideal;
2. um conjunto de ideias acerca de como deve ser conduzida a vida humana para que seja considerada boa ou feliz;
3. a maneira como as pessoas e instituições comportam-se realmente na prática;
4. a reflexão e o raciocínio que ocorrem quando se tomam decisões ou se resolve agir, segundo o que é correto ou incorreto, no sentido de bom ou mau;
5. os sentimentos das pessoas diante de seus próprios comportamentos ou de outros, como vergonha, remorso, piedade, orgulho;
6. as reflexões sobre a origem das normas, o seu fundamento, sua justificativa.
Consideramos que esses seis elementos formam um todo, que inclui a vida interior das pessoas - o momento subjetivo - e o que se apresenta no discurso, nas ações humanas e se encontra corporificado em instituições - o momento objetivo. Este todo que é subjetivo e objetivo é a ética ou a moral.
Usa-se também o termo "ético" para qualificar pessoas, instituições ou ações. O seu uso convém aos casos em que os deveres e que o bem a ser alcançado são levados em consideração. Pessoas, instituições e sociedades em que isto não é tema de consideração são aéticos ou antiéticos.
Entenda-se que quando falamos de ética, estamos nos referindo a algo que existe e se dá de