Naum seii

O Rio de janeiro no século XIX havia se tornado a cidade com maior população negra escrava urbana das Américas e o mais importante fluxo de mão de obra cativa do mundo entre 1790 e 1830. Possuía a mais importante escala nas rotas comerciais, internacionais e o maior exportador de café; e eram os negros escravos que com o seu trabalho faziam funcionar a economia e tornava possível a vida na cidade. O pintor Jean Baptiste Debret (1768 – 1848) chegou ao Brasil em 1816, oito anos depois de D João VI, como integrante da Missão Francesa com a missão não de conhecer, de explorar, mas a de instruir, de dar a conhecer e introduzir na nova sede do império português o que havia de mais elevado nos campos das Artes. Debret associa diretamente a organização da academia de Artes Brasileira ao Institut de France. A partir das obras de Debret é possível observar que os negros naquela época eram submetidos ao trabalho braçal sem roupas adequadas e trabalhavam expostos a todas as condições climáticas, observa- se também as duras correções que eles sofriam quando não se submetiam as tarefas dadas a eles. Entende-se que Debret ao trabalhar as artes documentava toda a história que estava ocorrendo no momento. A imagem do negro também era retratada como negros preguiçosos, bagunceiros, animal de carga, serviçais, como mercadoria.
Está registrado também como vivia a sociedade daquela época, a forma de política, econômica e social. Retratando todo período do império, como o dia da Independência do Brasil e o primeiro ano de governo de D. Pedro l. Mostra as adversidades no Rio de Janeiro a qual revela grande sensibilidade; festas, enterros, redes de sociabilidades que os escravos de ganho teriam de traçar.
As sugestões narrativas mais que as qualidades formais, tornam as analisem da Litogravuras de Debret tão ricas e complexas.