"Os maias"-o adultério e a hipocrisia

Tema: ”O adultério ligado à hipocrisia da sociedade”. Os Maias é uma obra rica e bem acabada devido ás marcas utilizadas pelo escritor (recursos expressivos, figuras de estilo, diminutivo, adjetivaçao, discurso indireto), mas também pela introduçao do realismo e do naturalismo da sociedade portuguesa do século XIX, o escritor toma uma atitude crítica face à sociedade da época e conjuga em simultanêo com a ironia. Ao longo da obra literária, Eça aborda sobre os vícios da sociedade lisboeta do século XIX, nomeadamente, o adultério feminino. O adultério é um ato imoral presente nas personagens femininas como a Maria Monforte, a Raquel Cohen e a Condessa de Gouvarinho. Maria Monforte transmite-nos a ideia de mulher fútil, que foge com o italiano Tancredo sem pensar nas consequências de tal escolha errónea, neste caso levou ao suicidio de Pedro. Raquel Cohen é a personagem que nos demosntra o quanto é importante o nivel social naquela época, dado que ela ao ser descoberta pelo marido, o banqueiro Cohen, que tinha um caso amoroso com João de Ega e o marido lhe questiona com quem ela pretende permanecer, ela escolhe o marido, devido ao seu estatuto social e económico que eram mais elevados que a do Ega, acabando-se por revelar o quanto materialista e hipócrita esteja personagem era. Por fim, a Condessa de Gouvarinho envolve-se com o Carlos sendo casada com o Conde Gouvarinho e nao esconde a atração que sente por Carlos diante do marido e nao sente remorços por tal infidelidade. O escritor transmite-nos uma imagem bastante negativa das mulheres da alta sociedade lisboeta da época, sendo caraterizadas como fúteis, hipócritas, que não sabiam nada de útil e só ligavam à beleza, o exterior. Porém, o autor justifica tais comportamentos moralmente incorretos, a partir de fatores como a educação e o meio social envolvente, uma vez que elas eram ensinadas "exclusivamente para amar" e a ter cuidado com a aparência, dado que elas não iriam realizar as tarefas que as