Capitulo VII Os Maias
José Maria de Eça Queirós nasceu em 25 de Novembro de 1845, na Póvoa de Varzim.
Em 22 de Junho de 1866 forma-se em Direito na Universidade de Coimbra.
De Julho a Setembro de 1870, em colaboração com Ramalho Ortigão, escreve
"O mistério da Estrada de Sintra", que publica em folhetins no «Diário de Notícias».
Em Novembro de 1872 parte para Cuba onde, até princípios de 1873, exerce o cargo de cônsul. Parte para Newcastle em 1874, para exercer as mesmas funções. O crime do Padre Amaro foi publicado em 1876. Em 1879 publica O primo Basílio e muda-se para Bristol. Em 1879 publica O Mandarim, em folhetins, no «Diário de Portugal».
Casa-se com D. Emília de Castro Pamplona no ano de 1886.
Em 1887 publica A Relíquia, em 1888, Os Maias e A Correspondência de Fradique Mendes e, em 1890, Uma
Campanha Alegre.
Em 1897, na «Revista Moderna», em Paris publica A Ilustre Casa de Ramires.
Em 28 Junho de 1900 parte para a Suíça, já com a saúde debilitada, com o seu amigo Ramalho Ortigão. Sentindo-se pior, vai para Paris, onde acaba por falecer em 16 de Agosto de 1900.
Principais obras póstumas: A Cidade e as Serras(1901); Contos (1902); Prosas Bábaras (1903); Últimas Páginas
(1912).
Os Maias
A obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, é uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista) onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista,