Realismo e Eça de Queirós
Realismo foi um movimento artístico e literário que surgiu nas últimas décadas do século XIX na Europa, mais especificamente em França, em reação ao Romantismo. Entre 1850 e 1880 este movimento cultural predominou na França e estendeu-se pela Europa e para outros continentes. Os apoiantes deste movimento desprezavam a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade na sua totalidade. Não bastava mostrar o lado sonhador ou idealizado da vida, como fizeram os românticos; desejaram mostrar a face nunca antes revelada: do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos. O movimento manifestou-se também na escultura e, principalmente, na arquitetura. O Realismo na literatura surge em Portugal após 1865, devido à Questão Coimbrã e às Conferências do Casino, como resposta à artificialidade, formalidade e aos exageros do Romantismo. Eça de Queirós é apontado, como o autor que introduz este movimento no país, sendo o romance social, psicológico e de tese a principal forma de expressão
Características do Realismo:
Veracidade: Demonstra o que ocorre na sociedade sem ocultar ou distorcer os fatos
Contemporaneidade: descreve a realidade, fala sobre o que está acontecendo de verdade.
Retrato fiel das personagens: caráter, aspectos negativos da natureza humana.
Gosto pelos detalhes: lentidão na narrativa.
Amor: a mulher objeto de prazer/adultério.
Denúncia das injustiças sociais: mostra para todos a realidade dos fatos.
Determinismo e relação entre causa e efeito: o realista procurava uma explicação lógica para as atitudes das personagens, considerando a soma de fatores que justificasse suas ações. Na literatura naturalista, dava-se ênfase ao instinto, ao meio ambiente e à hereditariedade como forças determinantes do comportamento dos indivíduos.
Linguagem próxima à realidade: