Resenha
Autor: Iná Elias de Castro
Neste texto, o autor aborda a geografia política de uma forma, que interpreta o espaço como uma complexa arena de interesses não redutíveis aos atores econômicos e aos conflitos produtivos, que obedecem à lógica econômica, procura-se compreender também os conflitos distribuitivos que se organizam a partir da lógica das relações de poder das instituições políticas.
Num primeiro momento, é necessário que se faça, ao menos que restrita uma definição para a globalização, no que diz respeito: “é possível considerar a globalização como o processo que torna toda a extensão do planeta um espaço”. Este processo acelerou-se após a década de 1970, com os avanços tecnológicos aplicados à informática e às telecomunicações e a maior disponibilidade do seu uso nas muitas esferas da vida social. Assim, as maiores polêmicas sobre a globalização giram em torno do capital financeiro e das grandes corporações. A partir disso, vamos analisar como ambos vêm utilizando a seu favor estes avanços e submetem cada vez mais outras esferas da vida social.
Uma primeira posição se refere à existência de uma economia global, mas segundo alguns autores, ainda não há consenso de que ela realmente exista. E numa outra polaridade, encontra-se a dimensão política, que é chamada por Castells (2000:107): repolitização do capital informacional. Este autor afirma que “se há consenso sobre a importância da tecnologia e da informatização para uma ação ampliada das empresas, não há consenso sobre a existência de uma economia global”. Dentro desta mesma linha de ausência de consenso, Giddens (2000a:17-29) argumenta existir opiniões entre dois extremos: céticos e radicais; mas que nenhum compreenderam exatamente o que é globalização e suas implicações mais profundas para a vida em sociedade, pois veem este fenômeno exclusivamente econômico e assim os aspectos políticos,