A DEFESA DO REALISMO EM O PRIMO BASILIO DE EÇA DE QUEIROS
Centro de Letras e Artes
Maria Edna Magalhães da Silva
A DEFESA DO REALISMO COMO RAFLEXO AS DESILUSÃO DO HOMEM FRENTE Á SOCIEDADA ATRAVÉS DA PERSONAGEM JULIANA DE “O PRIMO BASÍLIO DE EÇA DE QUEIROS. 1
RESUMO – Este artigo se deteve a uma analise de Juliana, personagem da obra “O primo Basílio”, o romancista português Eça de queiros, procurando revelar e refletir em como e por quais motivos, entre outras, essa personagem como instrumento de defesa ao realismo em oposição ao romantismo. Buscamos comprovar essa suposição através da realização de um estudo sobre essa corrente literária bem como sobre as condições e influencias sofridas na época. Partindo daí, procuramos utilizar a analise comparativa entre as características dessa corrente literária, o realismo e o tipo retratado por Juliana, tentando encontrar pontos que justifiquem sua representação. Tivemos por base teorias os estudos de Massaud Moises, Clovis Ramalhete, Nelson Sodré, entre outros. A conclusão a que chegamos é que o autor, em especial, através da personagem Juliana faz uma defesa ao Realismo por criá-la como forma de denuncia á sociedade bem como justificá-la como produto do meio.
Palavra – chave: Realismo. Eça de Queiros. O primo Basílio
INTRODUÇÃO
“A literatura não existe no vácuo. Os escritores, como tais, tem uma função social definida, exatamente proporcional á sua competência como escritores. Essa se torna sua principal utilidade”: eis ao que se propôs Eça de Queiros, em “O primo Basílio”. Segundo o romance de trilogia do escritor português Eça de Queiros, “O primo Basílio” vem a publico em 1878, esgotando rapidamente três mil exemplares.
Eça de Queirós pertence á corrente literária e contribui significativamente para a divulgação dos ideais norteadores desse estilo. Dessa forma é considerada o precursor do Realismo em Portugal e desenvolve obras voltadas para o comprometimento com a realidade social, para tanto, em suas