Os jesuítas no brasil e a difusão da cultura européia
A sociedade européia moderna teve seu contexto inicial marcado pelo movimento renascentista, pelas descobertas científicas, pela expansão marítima e comercial, pela formação das monarquias nacionais, pela Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica. A concepção de homem e de educação, nesse período, possuía tanto influências religiosas, daí a existência de uma educação defendida e praticada pelas ordens religiosas, quanto laicas, estas ligadas especificamente ao objetivo de formação de um homem mais racional.
Na conjuntura da expansão europeia dos séculos XVI, XVII e XVIII, a América teve seus territórios conquistados e colonizados. As populações nativas desses territórios, denominadas de indígenas pelos europeus, possuíam uma educação baseada na oralidade, voltada para o aprendizado das atividades que as crianças iriam desempenhar quando adultas. Era, portanto, uma educação pragmática e sexista. Esse modo de vida e concepção de educação sofreu transformações a partir do contato com os conquistadores europeus. Os indígenas e, depois, os africanos foram transformados em escravos, e os evangelizadores, especialmente os jesuítas, contribuíram na implementação da colonização européia em terras tropicais.
A educação implantada pelos jesuítas pode ser dividida em dois momentos: primeiro, o plano de estudos do Padre Manoel da Nóbrega, segundo, a implementação da Ratio Studiorum.
Foi com a vinda do padre Manuel da Nóbrega para o Brasil, em 1549, que teve início o trabalho de “catequização” dos indígenas. Os jesuítas tinham como principal objetivo convertê-los e, ao mesmo tempo, expandir a fé católica e contra-atacar a Reforma Protestante. Foi o início do processo educativo e, consequentemente, de uma cultura européia desvinculada da realidade brasileira. Além disso, podemos considerar que a educação, nesse período, estava estreitamente vinculada à política colonizadora da metrópole portuguesa. Essa desejava