Os Extremos da História e a Critica da Violência em Walter Benjamin
Para avaliar os desvios sofridos pela história do pensamento na tradição historicista, a filosofia da história de Walter Benjamin concebe uma crítica gnosiológica liberada do continuum pseudológico com o objetivo de salvar os elementos significativos, dispersos, em forma de fragmentos, nas entrelinhas do texto civilizatório, e denunciar a violência da facies hippocratica da historia. Palavras-chave: Extremos da história. Vencedores. Crítica do conhecimento. Fragmento. Violência.
EXTREMES OF HISTORY AND THE VIOLENCE IN WALTER BENJAMIN ABSTRACT
The philosophy of history of Walter Benjamin conceives an epistemological review released from a deductive pseudological continuum to evaluate the deviation suffered by the history of thought in the historicist tradition, in order to save significant elements dispersed in the form of fragments in between words of the lines of civilization, denouncing the violence of the Hippocratic facies of history which is reflected in Modernity. Keywords: Extreme. Violence. Winners. Critical knowledge. Fragment.
Teoria do conhecimento e continuum pseudológico
O filósofo judeu, que traz a marca da destruição, da ruína e do estilhaçamento do sentido nos dá o tom de sua filosofia e de seu método, que é desvio (Umweg) nas “Questões introdutórias de crítica do conhecimento”, onde se decide pela Representação como a forma genuína da investigação filosófica e a única capaz de deixar que a verdade se apresente. Aqui Benjamin já nos convida ao desvelamento da linearidade da história positiva, quando a enumeração dos acontecimentos históricos em seu caráter unilateral, dogmático e aurático, desafia o leitor a percorrer os labirintos de uma história contada não mais dessa forma, mas reescrita a partir do alegórico, da imagem das ruínas históricas, denunciando todo documento de cultura como documento de barbárie.2 Pois