Os estados unidos do século xix
Desde sua independência, as colônias inglesas despertaram a atenção das autoridades políticas e serviram de modelo para as jovens nações em busca de sua emancipação. A particularidade de apresentar um sistema de governo republicano, com a ausência da monarquia e do absolutismo, fazia dos Estados Unidos um símbolo da liberdade e da autonomia a ser seguido pelos adeptos das possibilidades de transformação política.
No final do século XIX, também os Estados Unidos apresentaram mudanças econômicas que lhes asseguraram um destaque mundial, comparado ao que vinha se evidenciando entre as principais nações européias.
Para compreender essa posição, convém retomar que, logo após a independência das Treze Colônias inglesas, em 1776, os governos instituídos dotaram a jovem nação de condições que lhe garantissem o crescimento econômico. Ainda no governo do primeiro presidente americano George Washington foi construído o Banco dos Estados Unidos e a Casa da Moeda.
Nos primeiros anos de sua independência, os Estados Unidos enfrentaram guerra contra a Inglaterra (1812-1815), na tentativa de recuperação de sua ex-colônia. Essa guerra ocorreu no contexto das lutas napoleônicas e se consolidou no embargo decretado pela Inglaterra à França e aos Estados Unidos. Os resultados da guerra favoreceram os interesses norte-americanos, pois a independência foi reconhecida, fortalecendo-se também o nacionalismo estadunidense.
Derrotada na questão da reconquista, a Inglaterra perdeu qualquer pretensão de interferir na política das ex-colônias, corroborando para que já nas primeiras décadas do século XIX ocorresse o fortalecimento nacional e a ampliação territorial da jovem nação na chamada “corrida para o oeste”. Novas regiões foram sendo incorporadas.
A ampliação das fronteiras decorria de anexações procedentes de guerras (contra o México, por exemplo), da compra de territórios (o Alasca foi adquirido da Rússia) ou mesmo de anexações e