OS DESAFIOS DA GESTÃO EDUCACIONAL NA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL
A escola é a instituição do aluno e para o aluno. Pode vir a ser o local primordial de vida das crianças onde seus direitos e deveres sejam acordados e respeitados, onde sejam, efetivamente, as protagonistas do processo educacional.
A proposta de se implantar uma política de Educação Integral partiu da análise dos baixos índices da educação básica. Surgiu, pois, da necessidade de melhorar a qualidade da educação, reduzindo o fracasso escolar e proporcionando às crianças e jovens novas possibilidades de se desenvolverem. É um novo desafio para a educação pública brasileira, levando em consideração que vivenciam tempos de mudanças. Além disso, há que se considerar a complexidade da vida social contemporânea e as muitas e diferentes crises – de diferentes características – que perpassam a educação em nível nacional. Sendo assim, a possibilidade de se desenvolver este projeto nas escolas públicas encontra algumas limitações que dificultam o processo.
Prevista na LDB e no PNE 2011/2020 a educação em tempo integral deverá estar em, no mínimo, 50% das escolas públicas de educação básica até o final de 2020. Os desafios para atingir esta meta são grandes e muitos, pois muitas mudanças deverão acontecer, mudanças de infraestrutura, demanda, formação adequada para os profissionais da área, entre outras. A gestão tem de estar preparada para enfrentar esses desafios buscando sempre uma educação e formação de qualidade, formação educacional, social e cultural.
Segundo Dewey (1959), educar é tecer relações entre os indivíduos e a cultura que os envolve, de forma que se tornem capazes de distinguir as situações, nessa cultura específica, que estão a exigir mudanças; é também torná-los capazes de agir para a realização dessas mudanças. Para o autor, toda a prática social que seja vitalmente compartilhada é, por sua natureza, educativa. Só quando padronizada e rotinizada é que perde seu valor educativo. São as experiências partilhadas ou conjuntas que adquirem real