Políticas e gestão da educação básica no brasil: limites e perspectivas
A gestão educacional passa pela democratização da escola, na medida em que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos e no aspecto em que ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. Nos chama a uma reflexão sobre o tema de forma que seja possível ultrapassar o nível de entendimento sobre gestão como palavra recente que se incorpora ao ideal das novas políticas públicas em substituição ao termo administração escolar. O fato de que a idéia da gestão educacional desenvolve-se associada a um contexto de outras idéias, permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente entre ações que se realizam na rotina da instituição escolar e o seu significado político e social. A gestão democrática da educação avançou nas décadas de 80 até meados da década de 90. A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 20 de dezembro de 1996 enfoca a importância da participação não só na gestão da escola, mas também na construção do projeto político pedagógico, regulamentadas por leis acerca do assunto. Esta participação não se consolidou na gestão da educação e muito menos nas propostas pedagógicas das escolas. A proposta pedagógica precisa ser construída coletivamente. E como construir neste contexto uma participação democrática na gestão e na construção da proposta pedagógica da escola? É preciso ir além e se comprometer com uma construção democrática cotidiana em diferentes setores da sociedade e do Estado. As práticas do cotidiano escolar constituem um caminho, uma direção para o surgimento, crescimento e consolidação de um projeto democrático alternativo. A investigação das práticas docentes, administrativas e culturais aponta uma direção. Afinal, a quem servem estas práticas? Que projeto de sociedade e de Estado está embutido no diálogo dos educadores e educandos?