Os desafios da formação profissional
A qualificação da população activa tem vindo a ser uma prioridade crescente no actual modelo de desenvolvimento, assente no conhecimento, na inovação e na competitividade. Embora o enfoque no aumento das qualificações seja fundamental, torna-se necessário, uma diferenciação entre a formação continua e especializada e a formação académica. A eficácia organizacional é conseguida através da integração de diferentes saberes e a confusão que hoje se vive entre formação profissional e formação académica, não é benéfica para a qualidade de ambas.
A formação profissional deve ser orientada para o desenvolvimento de competências profissionais, para a melhoria da qualidade das intervenções profissionais, para o desenvolvimento pessoal e social dos formandos e para o saber-fazer necessário à produtividade das organizações. Deve ser assumida como um conjunto de actividades formativas que, não substituindo a formação académica nem sendo substituído por ela, são relevantes para a prática de uma determinada profissão, capacitando os activos humanos para lidar com problemas emergentes, adaptarem-se a mudanças cada vez mais rápidas e serem promotores de inovação. Para atingir estes objectivos é necessário uma formação profissional de qualidade, promotora da aprendizagem e baseada numa pedagogia centrada no formando. Só através da acção, do envolvimento do formando no processo de aprendizagem e na experimentação é possível formar para o “fazer-acontecer”.
A confusão que hoje existe entre diferentes instituições, com vocações diferenciadas, em que todas elas anunciam, mais ou menos aleatoriamente “cursos de formação”; “seminários”; “congressos”; “cursos de especialização”; “mini-MBA” e mesmo “pós-graduações”, não é garantia de qualidade da aprendizagem e não ajuda à credibilização da formação profissional. É verdade que muitas dessas instituições são acreditadas pela DGERT – Direcção-Geral das Empresas e Relações de Trabalho e que