A educação e a formação profissional face aos desafios econômicos
Podemos concordar que o ensino básico universal de qualidade é um requisito e uma exigência moral de todas as sociedades modernas, pelo bem da equidade social, dos valores culturais e da funcionalidade econômica. A educação no Brasil nos últimos anos passou por mudanças significativas, no entanto, está longe de ser satisfatória. Não se desenvolveu como nos outros países devido ao fato de a sociedade brasileira não ter elementos que levassem a população a organizar e desenvolver suas próprias instituições de ensino, e o estado brasileiro, tanto no nível nacional como regional não possuíam os recursos financeiros e humanos, tampouco a motivação, para trazer a população para um sistema educacional centralizado e vertical. Verifica-se que pessoas com níveis mais altos de educação tem a probabilidade de receber salários mais elevados e uma chance mais baixa de se encontrar desempregado. Pode-se notar que a cobrança por competências profissionais de especialização é cada vez maior, e essa demanda por educação e formação depende do nível de complexidade da tecnologia, sendo que quando o níveo de tecnologia muda permanente mente, a velocidade de adaptação depende o nível de escolaridade. Esse fator envolve uma série de posturas e a depender de cada sociedade e governo, em relação ao investimento e a preocupação de suprir as demandas por educadores, mais cursos, melhores salários.
O ensino profissionalizante pode se apresentar como um caminho para suprir algumas carências do mercado, em direção às melhores oportunidades. Na primeira década do século XXI no Brasil, definiram-se dominantemente concepções e práticas vigentes na década de 1990, como as parcerias público/privado que ampliam a dualidade estrutural da educação, especialmente no âmbito da educação profissional técnica e tecnológica (FRIGOTTO, 2010). Passados os dez primeiros anos do século XXI e, ao iniciar o ano seguinte, milhões de