Educação e Sustentabilidade: faces de uma mesma moeda
Roziliane Oesterreich de Freitas1
RESUMO
Qual o papel da educação desenvolvida no espaço da sala de aula com relação a outros setores, como o de extensão acadêmica, nas instituições de educação formadoras dos profissionais que atuarão na sociedade e construirão o país? O pensamento que aqui se desenvolve partiu dessa pergunta, estimulado por outros pensamentos que compõe um processo mais complexo: pensar a sociedade do momento, que hoje se define como Sociedade do Conhecimento, resposta à transformação ocorrida, por um lado pelas relações que levaram à exaustão ambiental, social e humana, por outro, pela urgência de mudança do pensamento sobre a educação. Na Sociedade do Conhecimento, não é possível formar um cidadão se ele é isolado da sociedade em que vive e na qual irá atuar como profissional. Por sua vez não é possível oferecer a este cidadão uma formação fragmentada e passiva. Para isso, nosso propósito é de estimular a revisão de determinados conceitos, como o de conhecimento erudito, no sentido do projeto platônico, que arrisca em permanecer unicamente na abstração e, assim, desvincular-se dos processos da vida, do pensamento vivo, e gerar sustentabilidade na educação, consequentemente, lucro e ganho social. Palavras-chave: Sociedade do Conhecimento, educação, sustentabilidade.
INTRODUÇÃO
Já de início uma questão se coloca para o que pretende ser um ensaio e intitular-se Educação e Sustentabilidade: duas faces da mesma moeda: a de somente ser possível conduzir o trabalho como se conduz um corpo único, o que remete pensar as mudanças e as exigências da sociedade, concebida como Sociedade do Conhecimento, simultaneamente, com o que se faz urgente na educação hoje: rever seu modelo fragmentado que produz conhecimento isolado.
Quando surge este novo modelo de sociedade edificado no alto valor atribuído aos conteúdos intelectuais e à criatividade, e não mais