Os aparelhos ideológicos de estado
Girlany Tavares Feitosa Pereira
RESUMO
O artigo aborda sobre a teoria do currículo sob o ponto de vista da teoria tradicional e da teoria crítica. Apresenta um pouco da história do currículo em outros países e no Brasil. Mostra as mudanças ocorridas no perpassar dos tempos propondo uma nova concepção de currículo como algo baseado não somente nos conteúdos a serem ministrados aos alunos, mas fazer ligação dos conteúdos programados com o cotidiano dos educandos. Expõe os aparelhos ideológicos de Estado identificados por Althusser e a contra partida da Pedagogia do Oprimido e da Pedagogia Crítica dos Conteúdos.
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PALAVRAS-CHAVE: Teoria do currículo, teoria crítica e aparelhos ideológicos de Estado.
INTRODUÇÃO
Neste artigo, procuramos tecer algumas considerações sobre as teorias tradicionais que tem como objetivo ser apenas teorias neutras, científicas e desinteressadas e as teorias críticas em contra posição, enfatizam que nenhuma teoria é neutra, mas que está inevitavelmente implicada em relações de poder. Dentro da teoria tradicional, Bobbitt, valoriza a eficiência, a organização e desenvolvimento do currículo. Assim como Taylor, o currículo é visto como um processo de racionalização de resultados educacionais, cuidadosa e rigorosamente especificados e medidos. O modelo institucional dessa concepção de currículo é a fábrica. Para Bobbitt o sistema educacional deveria ser tão eficiente como qualquer outra empresa econômica. Em contrapartida na teoria crítica, Louis Althusser em seu ensaio questiona e identifica os aparelhos ideológicos de Estado, entre eles a escola como aparelho ideológico central, transmitindo suas ideologias através do seu currículo, utilizando as disciplinas mais técnicas, agindo de forma discriminatória. Para os educandos da classe dominada, vão ser repassadas submissão e obediência, mas, para os da classe dominante, aprendem assumir o poder. Podemos destacar