Aparelhos Ideológicos do Estado
Reprodução das forças produtivas e das relações de produção.
Para existir, uma formação social precisa reproduzir suas forças produtivas e as relações de produção. Tudo o que se utiliza na produção e possa esgotar-se, como a matéria-prima, as construções, as máquinas, precisa de cuidados e da previsão anual de sua reprodução. Assim também com a força de trabalho, os operários, cuja reprodução se efetiva fora da empresa e é conseguida pelo salário, que assegura condições de vida (moradia, alimentação, vestuário, lazer) e consequente trabalho diário, além de formação e educação para as crianças, e consequente reprodução do proletariado. A classe sempre lutou contra o aumento da jornada de trabalho e contra a diminuição do salário.
A nova força de trabalho precisa ser diversificada, conforme as exigências da empresa, para os diferentes “cargos” e “empregos” que oferece. Essa formação não acontece no próprio local do trabalho, como antigamente, mas em locais fora da área de produção, seja na Escola ou em outras instituições.
O papel da Escola
Na Escola o aluno aprende a ler e escrever, além de técnicas e elementos da cultura científica e literária aplicáveis nos diferentes postos de produção: uma instrução diferente para operários, técnicos, engenheiros ou quadros superiores. Aprende o know how. E também as “regras de comportamento”, os modos para a boa convivência, para ouvir e acatar ordens da classe dominante, para uns, e para saber dar essas ordens, para outros. A Escola, a Igreja, o Exército e outros aparelhos do Estado ensinam o know how, mas de forma que os explorados (operários), exploradores (capitalistas), auxiliares na exploração (quadros), os sacerdotes da ideologia dominante (funcionários), etc., aceitem a ideologia dominante.
O Estado como aparelho repressivo
Na tradição marxista, o Estado é uma máquina de repressão. A classe dominante exerce poder sobre a classe operária, para dominá-la e extorquir-lhe a