Filosofos e cientistas
Numa manhã da primavera de 1951, um jovem professor de Física caminhava por uma das avenidas de Washington, nos Estados Unidos. Ele estava na cidade participando de um seminário e, enquanto aguardava que o café fosse servido, sentou-se em um dos bancos da praça Franklin, no ditando sobre um problema que há muito o preocupava: como conseguir a emissão de ondas ultracurtas de uma freqüência mais alta do que as válvulas de rádio eram capazes de gerar.
Ele acreditava que essa radiação seria de extraordinário valor para a medição e a análises físico-químicas.
O jovem professor era Charles Hard Townes, nascido em Greenville, Carolina do Sul, no dia 28 de julho de 1915. Ele se formara na Universidade de Duke, em sua terra natal, e obteve o título de doutor em um Instituto de tecnologia da Califórnia, em 1939. Durante a segunda Guerra Mundial, trabalhou nos laboratórios Bell com alguns dos melhores técnicos de sua área, ocupando-se especialmente com sistemas de radar de microondas.
Em 1951, Townes era professor na universidade de Columbia, em Nova York. Suas meditações naquele banco de praça, em Washington, levaram-no às idéia que haviam sido sugeridas em 1917 por Albert Einstein. O criador da Teoria da Relatividade havia publicado, naquele ano, um estudo sobre o efeito amplificador que se poderia obter em uma emissão estimulada de radiações.
Até então um, todas as emissões que o homem conseguia produzir eram as ondas de rádio - demasiado largas para as experiências – eu trabalho de a Einstein sobre elas é apenas teórico.
Townes imaginava que seria possível converter em radiações as vibrações das moléculas encerradas em uma caixa de ressonância, ou algo parecido, e que tal radiação estimulada poderia ser reforçada. Mas quando chegou ao seminário e expôs as idéias que remoera naquela manhã, na praça, mereceu pouca atenção.
Longe de desanimar, o jovem cientista levou um problema para ser discutido com seus alunos na Universidade de Columbia e