Zine
Chuva que ainda cai. Olha, quero te perdoar, meu bem. Aqui estou eu, deitado a apreciar a luz que da rua. Vermelha e vazia. A estrela que Mais brilha ainda É Uma lâmpada vermelha Em cima de um Prédio.
Particularidades da vida moderna.
Coisas que só as “ruas vazias” oferecem a nós
- NOITE -
Garrafa vazia caída da mão.calçada vazia, preenchida pelos passos do andarilho.
Para. – é aqui. Interfone tocou e a porta se abriu.
Degrau a degrau.
A decadência habita esses corredores. A luz que não ilumina, o cheiro carregado, ar pesado. Chão de granito escuro. Escada espiral – quanto mais subo mais adentro nas profundezas.
No corredor escuro estou. Lâmpada que pisca. Incerteza no ar. 13° andar, aqui estou eu... mesmo?
De frente a caixa-lar, habitat dos homem-caixa. Muito cubos empilhados. 13 camadas de pura vida “racional”.
Concreto que bate, pulsa. Gelo que sustenta, encravado do lado esquerdo de cada um.
TRINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Parado frente a porta, o chamado foi feito.
| COISAS QUE SÓ A VIDA MODERNA OFERECE| II
Luz ascendendo. Chave girando. Aberta.
-Silêncio-
Olho no olhar, nas margens da entrada. Suspiros.
-Que lugar é esse? Penso eu .Mas. sem surpresas.
Dois passos a frente. Estou a beira do precipício.
Fechei os olhos.
-Que tu queres? Me perguntou.
-NÃO SEI-
Sala. Luz fria, desprovida de sentimentos. A lâmpada estéril iluminava um pouco mais que nada. Sussurros em todos os cantos.
- Vim porque me chamasse, esqueceu?
-É... tudo tem passado tão