fanzine revisada

Em meados de 1930, nos Estados Unidos, era comum a publicação de HQ’s e materiais relacionados a ficção científica e foi neste período que começaram a ser publicado os fanzines (GUIMARÃES). Essas publicações independentes eram feitas normalmente por jovens fãs de um assunto específico, que se dedicavam a criar um conteúdo direto, de entendimento simples e que pudesse expressar as suas opiniões livremente. Essas produções eram amadoras, pois os autores não se preocupavam em ter uma boa diagramação, alguns chegavam a exagerar na apresentação dos conteúdos de cada página, dificultando sua compreensão. Os fanzines eram produzidos normalmente em formato A5, impressos em fotocópias e distribuídos gratuitamente por correio ou vendidos por um valor simbólico.
“Os fanzines são veículos amplamente livre de censuras. Neles seus autores divulgam o que querem, pois não estão preocupados com grandes tiragens nem com lucro; portanto, sem as amarras do mercado editorial e de vendagens crescentes.” (MAGALHÃES, 1993, pág.10)
O termo fanzine estava inicialmente ligado ao gênero de ficção científica, porém, com o tempo, começaram a abordar diversos outros temas, como música, política e quadrinhos. Na década de 70, os fanzines encontraram seu apogeu junto com o movimento Punk Rock, com destaque para o zine americano Sniffing Glue (GUIMARÃES). Também os zines anarquistas fizeram sucesso com publicações como Descarga Suburbana, Revolução Punk e Vitória Punk. Nos anos 80 foi a vez do rock, com o exemplo do Rock Brigade, que surgiu em 1981 como fã clube de heavy metal e passou a ser editado como fanzine no ano seguinte.
Foi no final da década de 80 e início de 90 que teve início a decadência do fanzines (MAGALHÃES). Um dos principais fatores para o declínio dos zines foi a crise econômica, que colaborou com o aumento dos custos de material e das tarifas do correio, tornando a distribuição cara e difícil. Os fanzineiros precisavam, então, procurar estratégias para contornar a crise e dar