Zine, Fanzine, Magazine: Uma análise de publicações periódicas independentes
independentes
1.1 Descrição histórica
O Zine foi amplamente usado no movimento Punk, nos anos 70, e
por isso muitos indicam sua origem nesse movimento. Mais especificamente com
um fanzine chamado Sniffin’ Glue, produzido por Mark Perry, o pioneiro desse tipo
de publicação nesse estilo. Essa revista marcou o início do Do-It-Yourself (Faça-
Você-Mesmo) punk, que traduz um espírito empreendedor seguindo preceitos
anticonsumistas. O termo foi amplamente usado nesse período, porém, não foi
nesse contexto que surgiu conceito de zine.
A utilização mais antiga do termo de que se tem notícia se dá
na publicação Startling Stories (revista norte-americana de ficção científica pulp,
distribuída entre 1939 à 1955), em uma edição de 1946.
Desde a invenção da prensa de Gutemberg, existiram cidadãos
marginalizados que se expressavam através de panfletos, inclusive o político
britânico e revolucionário Thomas Paine (1737-1809) produziu um panfleto bastante
popular, chamado Common Sense, que incitava a revolução. Mas acredita-se que
as primeiras revistas, essencialmente falando, foram feitas por Benjamin Franklin
(1706-1790), em um periódico voltado para pacientes psiquiátricos de um hospital da
Pennsylvania.
Nas décadas seguintes ao Movimento Punk, a cultura zine passou
a crescer cada vez mais, abrangendo publicações artísticas (como o Factsheet
Five, nos anos 80 dos EUA), experimentais, feministas (Not Your Bitch, 1989-1992
nos EUA e Minas do Rock, 1996-2007 no Brasil) conhecidas como riot grrrls, entre
muitos outros exemplos.
No Brasil, o primeiro foi O Cobra, de Ficção Científica, em 1965, e
o primeiro em formato de quadrinhos foi Ficção, no mesmo ano. Este tratava sobre
publicações brasileiras de quadrinhos desde 1905. Nos anos 80, com a força da
cena rock e underground, surgiu o Ekletik, um zine eclético,