Ortotanasia
Resgatando o paradigma do cuidar e não do curar.
Ortotanásia é a morte de forma correta, ou seja, ocorrida no tempo certo, neste caso são dispensados recursos extraordinários quando não há mais esperança de cura ou melhoria da qualidade de vida (Balla & Hass,
2008), este tema vem tomando impulso na atualidade, devido a uma cultura de negação extremada da finitude (Cardoso & Hoffman,
2008).
A ortotanásia é a arte de morrer bem, humana e corretamente, sem ser vitimado pela mistanásia (são os que morrem por exclusão social e econômica, não têm acesso ao essencial para a sobrevivência, aos cuidados de saúde, levam vida sofrida e morrem prematuramente) por um lado, ou pela distanásia (consiste em atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios, proporcionados ou não), por outro, e sem abreviar a vida, ou seja, recorrer à eutanásia (é uma forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento).
Etimologicamente, ortotanásia significa morte correta: "orto" certo, "thanatos" morte.[¹] O objetivo fundamental da enfermagem é o
“cuidado”. Cuidado esse que está presente em todo o ciclo vital, do nascer ao morrer.
Vida biológica não significa necessariamente vida humana. Deixar a pessoa morrer com dignidade é eticamente o melhor a ser feito. A cura deixa de ser o foco principal para dar espaço ao cuidado.
é a renúncia à vida por decisão do próprio paciente, que faz uma opção pela morte natural, livre dos procedimentos paliativos que prolongam a vida (Prado, 2011).
Na ortotanásia, como já foi abordado anteriormente, o objetivo é priorizar a qualidade de vida que resta. (Balla & Hass,
2008)
O Conselho Federal de Medicina elaborou resolução, publicada no DOU em
29/11/2006, disciplinando esse procedimento médico. Resumidamente, a
Resolução CFM nº. 1.805/2006 orienta que não há violação ética quando o médico ou a médica limita ou suspende tratamento –