Origens da habitação social no Brasil: arquitetura moderna
Apresentação da Obra
O livro trata da habitação popular no Brasil á partir de 1880, período de expansão e industrialização das cidades. O grande contingente de trabalhadores com baixos salários, a falta de: legislação urbanística, infraestrutura e saneamento básico, dão início ao tipo de moradia insalubre gerando um surto epidêmico de cólera e de febre amarela. Nesse caldo efervescente que o autor descreve os fatos históricos que contribuíram para a criação de casas populares, necessidade incondicional da estrutura capitalista.
Resumo Embora sempre existiram, as habitações precárias passam a ser um problema à partir de 1886, São Paulo explode (p. 18) graças as atividades associadas ao complexo cafeeiro: comércio de produtos, sistema bancário, crescimento da indústria, chegada dos imigrantes, residência dos fazendeiros cafeicultores (criação de bairros nobres para essa elite). A cidade passou a exigir: transportes melhores (sistema de bonde puxados por burros não atendia a necessidade), saneamento (os chafarizes não atendiam à demanda e eram um risco de contaminação) e moradia (aumento da população passou de 23.243 em 1872, para 239,820 em 1900. Surgem loteamentos indiscriminados que deram origem às necessidades urbanas: calçamento de vias, canalização de córregos, drenagem para controle de enchentes, saneamento, enfim, toda a estrutura dos serviços públicos. Os problemas que mais preocupavam as autoridades eram os que agravavam as condições higiênicas das habitações e geraram um surto epidêmico. A expansão da cidade ocasionou os inúmeros problemas, mas garantiu a segregação dos espaços urbanos garantindo à elite áreas exclusivas livre da deterioração. O ideário urbanístico da elite (homens livres e cativos), estabeleceu bairros operários e bairros residenciais finos, esse era o empenho da