Origem historica da corrente eletrica
A corrente elétrica é, sem nenhuma dúvida, o pilar fundamental sobre o qual crescem e se desenvolvem as sociedades modernas, mesmo que em muitos lugares ela só tenha chegado recentemente ou ainda não tenha chegado.
A história moderna considera oficialmente a descoberta de um aparelho para a produção de corrente elétrica contínua como tendo ocorrido em março de 1800. Foi nesta data que o cientista italiano Alessandro Volta (1745-1827) enviou uma carta à Royal Society de Londres descrevendo sua invenção, por ele chamada de ‘eletro-motor’. Posteriormente ela ficou conhecida como ‘pilha’, pelo seu formato característico, na versão inicial, constituído por uma pilha de discos de metais.
Para bem compreender o ambiente existente na época da invenção da pilha quanto ao conhecimento da eletricidade, é importante salientar que até então, a única forma de eletricidade conhecida era a eletricidade estática, que se manifestava através de descargas descontínuas naturais (raios) ou artificiais (garrafa de Leiden).
É evidente que nesta situação muitos cientistas se dedicassem a estudar este fenômeno físico mal conhecido para conseguir uma compreensão mais profunda da sua natureza.
Entre as teorias mais aceitas no século XVIII estão a do físico francês Charles Dufay (1698- 1739), que acreditava existirem dois tipos de eletricidade explicando assim os fenômenos de atração e repulsão, e a teoria do americano Benjamin Franklin (1706-1790), que acreditava na existência de um único ‘fluido elétrico’ existente em equilíbrio em todos os corpos (pelo excesso deste fluido, um corpo seria eletrizado positivamente, enquanto a sua falta geraria uma eletrização negativa).
É neste ambiente científico dos últimos anos do século XVIII que ocorreu a invenção da pilha, em conseqüência de uma polêmica surgida entre dois cientistas italianos sobre a origem de alguns fenômenos de natureza elétrica que ocorriam nos animais. Luigi Galvani