Origem Do Karate
O Karatê (chamado de Tode, no dialeto de Okinawa) foi originalmente desenvolvido no arquipélago de Ryu Kyu, cuja ilha principal é Okinawa, baseado em técnicas chinesas, principalmente. Ele não deriva do Jiujitsu como querem alguns autores e praticantes, mas se baseia em uma arte muito antiga, nativa de Okinawa, chamado apenas de "Te" (mão), que se desenvolveu muito sob a influência chinesa e se transformou no karate.
Essa influência se fez sentir no nome da arte, que era escrita com os ideogramas para "chinês" e "mão", portanto "mãos chinesas". Esse ideograma original era associado à Dinastia Tang (618-907 d.C.), cuja influência e cultura se fez sentir em todo o Oriente, passando a ser sinônimo de "chinês".
Ideograma "Tang", também pronunciado "Kara", significa "Chinês"
O NOVO "KARATE"
Em 1933 ele resolveu trocar o ideograma que significava "chinês" para outro, homófono, que significava "vazio". Assim desapareciam os perigos políticos e culturais e o nome não se alteraria, pois a arte permanecia "Karate". Mas o novo nome ainda causa algumas divergências, principalmente no Ocidente. A interpretação convencional para karate é "mãos vazias", mas existe muito mais por trás desse significado. Como dissemos, as artes marciais estavam tendendo para o lado filosófico e espiritual e essa era a vontade de Mestre Funakoshi, que apreciava muito a filosofia Zen. Um dos conceitos mais importantes do Zen é o Zanshin, um estado no qual a mente se torna absolutamente quieta e os movimentos são espontâneos e naturais. É uma condição arduamente procurada por todos os praticantes de artes marciais. É esse "vazio mental" que Mestre Funakoshi buscou com o novo ideograma. Em suas próprias palavras:
Como a superfície polida de um espelho reflete tudo o que se encontra defronte a ele e um vale quieto transmite até os menores sons, assim o estudante de karate torna sua mente vazia de egoísmo e maldade num esforço para reagir apropriadamente com tudo o que ele