orientações didáticas na ldb
Orientações didáticas na LDB
Uma fábula conta que os ratos reuniram-se para tentar resolver um grande problema que assolava a sua comunidade: os ataques do seu mais temível inimigo, o gato. Diante das constantes baixas na população fazia-se necessária uma atitude que fosse bastante eficaz, começaram a reunião e as propostas foram surgindo.
Idéias e mais idéias foram surgindo, até que o ratinho mais conhecido da região discursou solenemente: “Atenção, tive uma brilhante idéia! Vamos colocar um sininho no pescoço daquele déspota, dessa forma será mais fácil prevermos a sua chegada!”. Era a glória. A multidão aplaudiu fervorosamente, foguetes rasgaram o céu e o trio elétrico começou a tocar. Porém um deles demonstrou preocupação e lançou a pergunta bombástica: “Está muito certo. E quem irá colocar o sino no pescoço do bichano?”.
Nunca se discutiu tanto sobre “educação” como agora. Diante das extremas mudanças pelas quais as sociedades vêm passando, em todos os setores, iniciaram-se numerosos debates em defesa da educação enquanto solução dos problemas sociais. Assim, tem-se conhecimento acerca do que deve ser feito, fazer, entretanto, continua a ser o maior desafio.
A própria Lei nº 9. 394 de 20 de dezembro de 1996, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, se inspira nos “princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana” e apresenta como finalidade da educação "...o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Isso evidencia que a educação escolar é uma prática que reveste atributos no homem e na estrutura social almejada. A união desses princípios com a atividade-fim da escola irá se concretizar por meio da orientação didática, que tem como intenção a efetivação desses fins e objetivos da educação brasileira.
O texto da lei indica ainda, segundo Pedro Demo[1], uma abertura e uma progressiva autonomia em relação à