organizacoes e carreiras sem fronteiras
Fronteiras
Joyce Ajuz Coelho1
Introdução
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Professora Joyce Ajuz Coelho
Estilos de Liderança.
Formar-se numa faculdade de primeira linha e obter bom desempenho escolar eram requisitos suficientes para ingressar numa boa empresa, desenvolver carreira e quem sabe, nela aposentar-se. Durante muitos anos a permanência num único emprego foi valorizada e bem vista na evolução da carreira profissional. Havia estabilidade, uma relação quase vitalícia do empregado com a empresa, que agia com paternalismo, valorizava a lealdade, definia benefícios, treinamentos de especialização e controlava o plano de carreira. Este padrão alimentou por muitos anos a esperança dos recém graduados que ingressavam no mercado de trabalho e entregavam suas carreiras e, por que não dizer, suas próprias vidas às organizações.
“A difusão de um novo conceito de produção ou de um novo modelo de especialização flexível leva a uma outra maneira de pensar a divisão do trabalho e a uma concepção renovada do lugar do indivíduo na organização. O sistema fordista de produção em massa de bens padronizados exigia o recurso a uma massa de trabalhadores semiqualificados, disciplinados e prestes a cumprir rigorosamente as tarefas prescritas segundo normas operatórias codificadas. A não-comunicação era exigida durante o trabalho (isolamento, proibição de diálogos etc.).”
(Hirata, 1997, p.24)
As mudanças da economia, a expansão dos mercados globais, o avanço da tecnologia e a alta densidade demográfica aumentaram a competitividade e muitos dos antigos paradigmas mudaram, surpreendendo os profissionais que não perceberam e não se prepararam para esta nova era.
As organizações tornaram-se mais enxutas para serem mais ágeis e flexíveis, passando a requisitar profissionais generalistas, com visão do todo, enquanto durante anos tentaram especializá-los através de treinamentos exaustivos.
Com o processo de