oratória da sedução
Domine a arte de usar as palavras como armas
O político está sempre falando para um, para poucos ou para muitos. Aprende a usar as palavras como armas. Maneja ao mesmo tempo, seu nome e o seu significado. Sabe como usá-las para manifestar o pensamento e para esconder seu pensamento; para explicar e para confundir; para explicitar e para se evadir.
A oratória convencional do político tem caráter argumentativo, persuasivo, lógico e discursivo.
Seu objetivo entretanto é sempre o mesmo: persuadir, convencer, obter a aprovação. A oratória convencional do político revela inevitavelmente a sua intencionalidade. Por isso é tão fácil "decodificar" o argumento do político: a intenção, o objetivo, estão sempre ostensivamente expostos. Por isso se diz, com certa malícia e descrédito "é conversa de político".
Reduzida a seu essencial, a oratória convencional do político é argumentativa, persuasiva, lógica e discursiva. Nada errado. Grande parte da atividade política exige este tipo de oratória. A oratória da sedução constitui-se a partir de princípios, técnicas e objetivos, completamente diferentes dos buscados pela oratória clássica, da persuasão racional.
Desde logo, na sedução, como se viu, busca-se mais que o voto ou o apoio. Busca-se nela, a adesão incondicional, um nexo emocional que provoque a "entrega" do seduzido ao seu sedutor.
Se a oratória clássica (ainda que modernizada) funciona, primacialmente, pelo exercício de uma argumentação que se imponha logicamente à razão de quem a escuta, a oratória da sedução aposta na persuasão pelos sentimentos e emoções.
Por outro lado, não há nada mais anti-sedutor do que a prática da argumentação. Não se seduz com argumentos, com discussão, com racionalidade, nem nas relações afetivas, nem na política. Argumentar supõe que a outra parte ouve prestando atenção.
Este já é, por si só, um pressuposto de difícil realização. As pessoas, como regra, estão mais