ORALISMO
1. - UM RELATO HISTÓRICO Na história da educação dos surdos a partir do congresso de Milão de 1880, realizado em 6 de Setembro, onde os diretores das escolas para surdos mais renomadas da Europa propuseram acabar com o gestualismo e dar espaço à palavra pura e viva, à palavra falada- não foi a primeira oportunidade em que se decidiram políticas e práticas similares os educadores de surdos de todos os países reuniram-se em Milão para um Congresso Mundial de Educação de Surdos. As discussões foram sobre os métodos de ensino onde cada representante falou sobre o método usado em seu pais. Todos os países com exceção dos Estados Unidos adotaram o método oral como o preferido.
O Congresso de Milão, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá um grupo de ouvintes tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comitê do congresso era unicamente constituído por ouvintes).
A partir disso a Língua de Sinais foi banida completamente da educação de surdos, impondo ao povo surdo o oralismo. Nessa ocasião ficou demonstrado que os surdos não tinham problemas fisiológicos em relação ao aparelho fonador e emissão de voz, esse fato derivou a premissa básica: os surdos não têm problemas para falar. Assim a partir da segunda metade do século XIX, a comunidade científica da época ganhou força. A modalidade oralista baseia-se na crença de que a língua oral é a única forma possível de comunicação e desenvolvimento cognitivo para o sujeito surdo e a Língua de Sinais deve ser evitada a todo custo porque atrapalha o desenvolvimento da oralização. O Oralismo é caracterizado principalmente pela idéia de que o deficiente auditivo necessita aprender a língua de seu país para assim integrar-se à comunidade ouvinte. A técnica de leitura labial consiste em “ler e interpretar” os movimentos dos lábios de alguém que está falando, mas só é útil quando o interlocutor formula as palavras de