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É a arte que favorece o processo ao invés do produto. Ao contrário da arte clássica, onde a obra finalizada era considerado o principal indício da manifestação artística, na arte processual os artistas passam a buscar, antes da realização da arte, a realização do processo artístico. O produto final é de pouca valia e, em muitos casos, até inexistente, e o objeto da arte passa e ser menos relevante do que o processo de criação da arte. Com o advento das novas mídias, no último século, esse tipo de arte passa a ganhar adeptos em todo o mundo, que iniciam um processo de experimentação e desconstrução da arte como era conhecida até então.
A produção da imagem artística sem a intervenção técnica
Nesse novo cenário, a arte passa a não mais depender da capacidade técnica do artista para existir. O artista é quem concebe a obra, e não necessariamente quem a executa – a execução pode ser feita por outra pessoa ou, muitas vezes, por uma máquina, um computador, um algoritmo matemático ou outro tipo de processo automatizado.
No início este tipo de obra foi visto com bastante preconceito, já que o mundo estava habituado à arte clássica e à constante superação das habilidades técnicas do artista – na pintura, na escultura, no desenho. A proposta da arte futurista ajudou a quebrar alguns paradigmas, mas somente na arte processual vemos a consolidação dessa ruptura conceitual. Nas obras de arte interativas, por exemplo, onde o espectador passa a ser um “interator” (muitas vezes interferindo inclusive no conteúdo e na criação da obra), a arte processual encontra e abre espaço para o surgimento de novos artistas, munidos de ferramentas tecnológicas capazes de criar experiências artísticas únicas.
A dita, Arte Processual se iniciou na França com a obra de Paul Cézanne: o artista foi o primeiro que lançou o seu olhar sobre a estrutura material real da tela. O artista saía para trabalhar ao ar livre, acompanhado de seu amigo de juventude e de