Oralidade Em Sala De Aula
TRABALHANDO A ORALIDADE NA SALA DE AULA
TRABALHANDO A ORALIDADE NA SALA DE AULA
As práticas de ensino de língua são de modo geral, fundamentadas na modalidade escrita, eximindo quase que por completo as práticas de oralidade. Dessa forma, o preconceito ganha força, pois, a modalidade em evidência é a norma padrão, restrita a escrita, fato este que nem mesmo é explicado aos alunos.
Antes de tudo, é necessário reconhecer que as práticas de letramento são iniciadas muito antes da escolarização, e que práticas orais são imprescindíveis no processo de inclusão social dos jovens.
Diversos pesquisadores, como Kleiman, 1995; Street, 1984, 1993; Signorini, 2001; e Rojo, 1998; constataram tais fatos publicando-os em seus artigos.
O ensino da oralidade tem aos poucos ganhado espaço nas escolas, inclusive comprovando sua presença nos materiais didáticos. Os PCN (2002, p. 63) apontam para a importância de se abordar a oralidade com o mesmo valor atribuído à literatura e à gramática.
O fato é que as práticas de oralidade, como, por exemplo, debates, seminários e entrevistas, não ocupam lugar de grande importância nas metodologias adotadas. Quando são trabalhados, os resultados são considerados insignificantes e normalmente desconsiderados. De modo geral, a oralidade é sempre abordada como um item menos importante, isso pode ser percebido no Guia do MEC para a escolha dos livros didáticos. Este vem negligenciar a implantação de tal teoria nas práticas pedagógicas.
O ponto de maior importância no trabalho com a oralidade é refletir sobre a variação lingüística e desenvolver as capacidades cognitivas, devido à demonstração de adequações de uso, além de combater preconceitos relacionados ao comportamento e à linguagem humana.
As formas de preconceito, entre eles o preconceito lingüístico, são ocorrências intrínsecas à vida social do indivíduo, podendo determinar o tipo de relação que este mantém com o grupo.