A oralidade na sala de aula
Mesmo que este público seja composto por pessoas conhecidas, com as quais o aluno já conversou diversas vezes sobre diversos assuntos, oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais fundados na realidade sonora; ela vai desde uma realização mais informal a mais formal nos mais variados contextos de uso.
Diz sobre o ensino de língua: “língua não se ensina, aprende-se”, podemos deduzir que as pessoas internalizam as regras da língua somente a partir do uso efetivo dela, devidamente contextualizada, por isso, a escola pode proporcionar seqüências didáticas para o ensino do oral em diversos gêneros a fim de que o aluno possa “treinar” seu desempenho oral e aperfeiçoá-lo, já que ele domina a fala em sua estrutura mais básica (a que permite a comunicação no meio familiar e social em que vive). Porém, só o uso de uma oralidade coloquial, em situações restritas, não é suficiente para o crescimento individual e nem para a inserção política efetiva do educando na sociedade. É necessário, portanto, que a escola se ocupe desse aperfeiçoamento da oralidade.
Mas do trabalho com a oralidade na sala de aula, pode-se constatar uma quase omissão da fala como objeto de exploração do trabalho escolar; uma equivocada visão da fala, como o lugar privilegiado para a violação das regras da gramática; quando esta é aplicada, há uma concentração das atividades em torno dos gêneros da oralidade informal, peculiar às situações de comunicação privada e por último, uma generalizada falta de oportunidades de se explicitar em sala de aula os padrões gerais da conversação, de se abordar a realização dos gêneros orais da comunicação pública,