Oliver Sacks
O médico e escritor Oliver Sacks nasceu em 1933, em Londres. Formou-se em medicina em Oxford e no início da década de 60 mudou-se para os Estados Unidos, onde estudou em regime de internato em São Francisco e, posteriormente, frequentou neurologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Em 1965 foi para Nova Iorque, onde se tornou professor de neurologia na Escola de Medicina Albert Einstein, professor assistente de neurologia na Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque e consultor de neurologia numa instituição de caridade. Em 1966 começou a trabalhar, também como neurologista, no Hospital Berth Abraham, no Bronx, em Nova Iorque.
Os seus livros, escritos desde 1970 e traduzidos para mais de vinte línguas, tornaram-se campeões de vendas e ganharam diversos premios em todo o mundo, sendo utilizados em aulas nas universidades. Inspiraram também artistas de diversas áreas culturais. Mas Sacks notabilizou-se também pelos seus escritos na Imprensa, tanto generalista como especializada em medicina.
Oliver Sacks é membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras, da Academia Americana de Artes e Ciências e da Academia das Ciências de Nova Iorque.
O texto “Ver e Não Ver” faz parte de seu livro “Um Antropólogo em Marte” de 1995, e é um de seus mais conhecidos best-sellers.
Sacks narra a história de Virgil, um homem de 50 anos que desde a infância tinha densas cataratas e havia sido diagnosticado como portador de retinite pigmentosa. Ele era praticamente cego, enxergava apenas sombras e vultos. Sua noiva Amy, antes de seu casamento, o convence de realizar uma cirurgia para cura da catarata. Virgil voltou a enxergar, mas nada do que ele via tinha algum significado. Ele enxergava apenas por partes, nunca como um todo. Ele passou por vários transtornos e ainda agia como uma pessoa cega, pois ainda precisava usar o tato para identificar objetos, pessoas e ate mesmo os seus