Oliver Sacks

PARA VER E NÃO VER por Oliver Sacks
Emissão de 1993-05-10

O que acontece quando um adulto que é cego desde a infância, de repente tem a sua visão restaurada? A experiência de Virgílio, um Oklahoman de cinqüenta anos de idade, que recuperou a visão depois de 45 anos, levanta questões sobre a percepção que têm assombrado filósofos e cientistas há séculos.
No início de outubro de 1991, recebi um telefonema de um ministro aposentado do Centro-Oeste, que me falou sobre o noivo de sua filha, um homem de cinqüenta anos chamado Virgil, que havia sido praticamente cego desde a infância. Ele tinha catarata grossas, e também foi dito que a retinite pigmentosa, uma doença hereditária que lenta mas implacavelmente corrói as retinas. Mas sua noiva, Amy, que necessitou de olho regularmente verifica-se, por causa da diabetes, tinha tomado recentemente ele para ver seu próprio oftalmologista, Dr. Scott Hamlin, e ele lhes deu uma nova esperança. Dr. Hamlin, ouvindo atentamente a história, não tinha tanta certeza de que Virgil tinha retinite pigmentosa. Era difícil ter certeza nesta fase, porque as retinas não podia mais ser visto sob as cataratas de espessura, mas Virgil ainda podia ver a luz ea escuridão, a direção de onde veio a luz ea sombra de uma mão se movendo na frente de sua olhos, então, obviamente, não houve uma destruição total da retina. E a extração da catarata é um procedimento relativamente simples, feito sob anestesia local, com muito pouco risco cirúrgico. Não havia nada a perder e pode haver muito a ganhar. Amy e Virgil iria se casar em breve-não seria fantástico se ele pudesse ver? Se, depois de quase uma vida de cegueira, sua primeira visão poderia ser sua noiva, o casamento, o ministro, a igreja!

Dr. Hamlin havia concordado em operar, ea catarata no olho direito de Virgílio tinha sido removido de uma quinzena antes, o pai de Amy me informou. E, milagrosamente, a operação tinha funcionado. Amy, que começou a manter um diário no dia seguinte à