Resenha ver e não ver- oliver sacks
São Paulo
2013
SACKS, Oliver. Um Antropólogo em Marte. Companhia das Letras, São Paulo, 1995.
Oliver Sacks nasceu em Londres, em 1933. Formou-se em medicina na universidade Queens College e em 1960 emigrou para os Estados Unidos, prosseguindo os estudos médicos. Atualmente mora em Nova York, onde é professor de neurologia clínica. Oliver Sacks, em sua obra, compartilha os seus casos clínicos e narra as dificuldades de adaptação das pessoas diante de uma grande mudança. O texto resenhado “Ver e não ver” é um dos capítulos do livro: “Um Antropólogo em Marte”. O texto narra a história de Virgil, um homem que era praticamente cego desde a infância, que aos 50 anos, se submete por influência de sua noiva, á uma operação de catarata, onde recupera a visão, e após a operação tenta se adaptar a esse novo mundo, e as incertezas do que significa ver. Antes de recuperar a visão Virgil tinha emprego fixo como massagista, era auto-suficiente, lia jornais e livros em braile, tinha uma identidade. Após a operação Virgil passa por dificuldades que as pessoas que enxergam não imaginam o quão grandes são. Não havia memórias visuais nas quais Virgil poderia apoiar sua percepção, o cérebro não conseguia dar sentido aos impulsos detectados pela visão. Houve pouca preparação para as dificuldades neurológicas e psicológicas que ele poderia encontrar. Os cegos constroem seu mundo através de sequências de impressões (táteis, auditivas, olfativas) e não sendo capazes, como pessoas com visão de uma percepção visual simultânea, portanto a dificuldade de se adaptar nesse novo mundo totalmente estranho, e contra tudo que lhe era natural. Meses após a cirurgia Virgil desfalece com uma pneumonia lombar, o que o leva a perda da visão novamente. Com a narração, entendemos melhor a dificuldade de se adaptar em um mundo o qual não se está acostumado, nós quando nascemos e enxergamos, já aprendemos a diferenciar as formas, cores,