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A Lógica do Capitalismo e o Trabalho Humano
Sérgio de Oliveira Birchal (Ibmec MG) SergioOB@ibmecmg.br Reynaldo Maia Muniz
(2004)
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A Lógica do Capitalismo e o Trabalho Humano Sérgio de Oliveira Birchal e Reynaldo Maia Muniz Introdução Este capítulo tem por objetivo discutir a questão do trabalho humano dentro da lógica da evolução histórica do capitalismo. A perspectiva adotada é baseada nas grandes transformações (rupturas) tecnológicas que vem se sucedendo ao longo dos últimos séculos (principalmente, a partir da Revolução Industrial do final do século XVIII). Não queremos com isto dizer ou propor uma lógica inerente e inevitável. Nada nos garante que a história se repete ou que se repetirá necessariamente da mesma forma. Adotaremos a perspectiva schumpeteriana e neoschumpeteriana por acreditarmos que, ao menos no que tange ao objeto do presente capítulo, ela é a abordagem da evolução do capitalismo que mais se adequa à realidade histórica dos últimos tempos. Porém, iremos nos valer também de outras contribuições da economia e de outros campos das ciências sociais. O capítulo está organizado em seis partes: esta introdução, uma discussão sobre as perspectivas schumpeteriana e neoschumpeteriana acerca do desenvolvimento do capitalismo (tópico 1), o novo ambiente econômico e empresarial (tópico 2),a lógica das novas relações de trabalho (tópico 3), as motivações e necessidades das pessoas (tópico 4), o perfil da gestão dos recursos humanos no novo contexto econômico-empresarial e a questão das carreiras (tópico 5) e a conclusão. 1. As perspectivas schumpeteriana e neoschumpeteriana do desenvolvimento do capitalismo Segundo Schumpeter, o que explica a própria dinâmica da evolução do capitalismo são os sucessivos longos ciclos da introdução e difusão de inovações radicais. Ao longo dos últimos dois séculos esse processo tem sido potencializado pela crescente
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cooperação entre a ciência e a tecnologia. Partindo de